Conteúdo | REUNIÕES DE SETORES

O Presidente do Sintivest participou da Reunião das Federações das Indústrias e as de Empregados dos setores de Vestuários, Têxteis, Bolsas, Calçados e de Lapidação de Pedras Preciosas realizada no último dia 11/08 no Rio de Janeiro. O objetivo da reunião foi para discussão da atual crise sócio-econômica de ambos os setores e a elaboração de propostas a serem encaminhadas ao Governo Federal em busca de subsídios para os setores.  O respectivo relatório final deverá ser revisado e após, será entregue ao Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi  por ocasião de sua visita ao Rio de Janeiro.

 Secretaria Geral - Sintivest

 

A INESPERADA CRISE DO SETOR

O setor de vestuário, que emprega 1.6 milhões de trabalhadores em todo País e fatura cerca de R$ 34,6 bilhões, vive uma situação atípica frente ao dólar abaixo dos R$ 2,30: há elos da cadeia produtiva que se beneficiam - como as confecções, que importam tecidos a preços muito abaixo do mercado nacional - mas há problemas a vista, com o elevado volume de importações de roupas prontas que travam todo o restante do setor e põem em riscos a geração de empregos no Brasil.

"Do jeito que já estão às importações de produtos acabados (roupas) por conta desse dólar, muitos vão deixar de produzir para importar", alerta Ailton, presidente em exercício da Sintivest – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Três Rios/RJ.  "Os empregos serão gerados fora do País".

Para 2010 a meta do setor era aumentar a produção de 5,5 bilhões de peças para 5,8 bilhões, gerando entre 30 a 40 mil novos empregos, totalizando 1,06 milhões de trabalhadores contra 1,03 milhões em 2008. O estado do RJ responderia por aproximadamente 20% deste volume (1,3 bilhão de peças e 6 mil empregos em suas fábricas. "Mas com essa avalanche de importações teremos de rever nossas metas", completa o presidente do Sintivest.

O preço do algodão, matéria-prima utilizada em cerca de 60% na produção de roupas, (40% são tecidos sintéticos) pode elevar o preço das roupas da próxima estação. Somente nos dois últimos meses o algodão subiu de 20% a 32%. "No preço final ao consumidor isso significa aumento médio de 7% a 10%".

Os empresários temem também que a produção nacional não atenda a demanda interna, pois há uma forte exportação da comoditie.  Para alcançarmos nossas metas de crescimento, vamos ter que importar. “Não há outra saída”.

Mesmo diante deste quadro, empresários do setor ainda têm esperanças para o segundo semestre, por conta do reaquecimento da economia, com uma queda mais acentuada da taxa de juros; eventos como Dia dos Pais, inverno e a chegada de outono, que por previsões deve ser mais rigoroso do que em anos anteriores.

“Apesar desta questão momentânea do dólar, temos esperança de que neste semestre de 2009 e a chegada de 2010 será melhor que 2008 e 2009, com crescimento em torno dos 5%.

“Até o clima esse ano está do nosso lado”, diz o presidente do Sintivest, lembrando que outros fatores positivos, como a queda na informalidade e o maior controle aos produtos importados ilegalmente e/ou subfaturados, serão determinantes.

Ailton Souza

Presidente do Sintivest

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Três Rios/RJ.

O setor de vestuário, que emprega 1.6 milhões de trabalhadores em todo País e fatura cerca de R$ 34,6 bilhões, vive uma situação atípica frente ao dólar abaixo dos R$ 2,30: há elos da cadeia produtiva que se beneficiam - como as confecções, que importam tecidos a preços muito abaixo do mercado nacional - mas há problemas a vista, com o elevado volume de importações de roupas prontas que travam todo o restante do setor e põem em riscos a geração de empregos no Brasil.

"Do jeito que já estão às importações de produtos acabados (roupas) por conta desse dólar, muitos vão deixar de produzir para importar", alerta Ailton, presidente em exercício da Sintivest – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Três Rios/RJ.  "Os empregos serão gerados fora do País".

Para 2010 a meta do setor era aumentar a produção de 5,5 bilhões de peças para 5,8 bilhões, gerando entre 30 a 40 mil novos empregos, totalizando 1,06 milhões de trabalhadores contra 1,03 milhões em 2008. O estado do RJ responderia por aproximadamente 20% deste volume (1,3 bilhão de peças e 6 mil empregos em suas fábricas. "Mas com essa avalanche de importações teremos de rever nossas metas", completa o presidente do Sintivest.

O preço do algodão, matéria-prima utilizada em cerca de 60% na produção de roupas, (40% são tecidos sintéticos) pode elevar o preço das roupas da próxima estação. Somente nos dois últimos meses o algodão subiu de 20% a 32%. "No preço final ao consumidor isso significa aumento médio de 7% a 10%".

Os empresários temem também que a produção nacional não atenda a demanda interna, pois há uma forte exportação da comoditie.  Para alcançarmos nossas metas de crescimento, vamos ter que importar. “Não há outra saída”.

Mesmo diante deste quadro, empresários do setor ainda têm esperanças para o segundo semestre, por conta do reaquecimento da economia, com uma queda mais acentuada da taxa de juros; eventos como Dia dos Pais, inverno e a chegada de outono, que por previsões deve ser mais rigoroso do que em anos anteriores.

“Apesar desta questão momentânea do dólar, temos esperança de que neste semestre de 2009 e a chegada de 2010 será melhor que 2008 e 2009, com crescimento em torno dos 5%.

“Até o clima esse ano está do nosso lado”, diz o presidente do Sintivest, lembrando que outros fatores positivos, como a queda na informalidade e o maior controle aos produtos importados ilegalmente e/ou subfaturados, serão determinantes.

Ailton José de Souza

Presidente do Sintivest

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Três Rios/RJ.

 

FATORES POSITIVOS PARA O SETOR

O Frio alavanca a venda no comércio em junho e julho deste ano. Além do frio mais intenso do que o normal, o mês de junho parece ter trazido consigo o reaquecimento das vendas do comércio de Ribeirão. O crescimento em relação ao ano passado foi de 2,33%, puxado principalmente pelo setor de vestuário. Entre as empresas entrevistadas, 50% declararam que as vendas nesse mês foram melhores do que no mesmo mês do ano anterior, enquanto 36,4% consideraram o contrário e 13,6% disseram que os dois períodos foram equivalentes.

Quanto aos setores, o melhor resultado foi de vestuário, com crescimento das vendas de 13,69%, impulsionado pelo frio mais intenso e prolongado do que normalmente ocorre na cidade. Na seqüência, também com bons resultados ficaram móveis (5,76%), tecidos/enxoval (5,75%), calçados ( 2,75%) e cine/foto ( 2,07%). 

No que se refere ao emprego, a pesquisa apontou aumento no número de postos de trabalho do comércio de 0,45%. Sendo que, entre as entrevistadas 97,7% mantiveram seus empregados, enquanto 2,3% destas contrataram e nenhuma delas declarou ter demitido durante o mês de junho.     

Ao que tudo indica, o comércio do Estado do Rio de Janeiro retomou sua trajetória de crescimento, o clima ajudou intensificando as vendas de roupas, tecidos e, em menor grau, de calçados. O país definitivamente encontra-se em situação privilegiada e, embora alguns setores estejam sentindo mais intensamente os efeitos desta crise, aqueles voltados para o consumo interno continuam a se desenvolver, principalmente devido aos incentivos governamentais de redução do IPI e expansão do crédito imobiliário. Mais uma vez, os incentivos são positivos, mas causam distorções no sentido em que estimulam alguns setores em detrimento de outros.

Ailton José de Souza

Presidente do Sintivest

 

FATORES QUE O SINTIVEST – SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE TRÊS RIOS/RJ. JULGAM DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA OS SETORES TEXTEIS, VESTUÁRIOS, CALÇADOS E LAPIDAÇÃO DE PEDRAS PRECISOSAS É A AMPLIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS SOCIAIS E ABERTURA DE LINHAS DE CRÉDITOS ENTRE OUTROS SEGUINTES:

 

PARA TRABALHOR

1º - Ampliação do Seguro Desemprego para a Categoria profissional dos setores envolvidos (Têxtil e Vestuário) de 5 (cinco), para 10 (dez) parcelas;

2º - Somos a favor da manutenção da CLT Consolidação das Leis de Trabalho, visando à adequação a atuais normas laborais dos setores de Trabalho, mas, sem flexibilização de direitos e das conquistas;

3º - Somos favoráveis a intervenção do Ministério do Trabalho, para aprovação urgente da PLS 248/2006 de autoria do Senador Paulo Paes (PT-RS), pois seria uma forma das entidades sindicais manterem os serviços sociais prestados aos trabalhadores que representam como assistência jurídica, médica e odontológica;

4º - Redirecionamento de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para as entidades sindicais, visando à manutenção da mão de obra e cursos profissionalizantes nas áreas têxteis e vestuários;

PARA O EMPREGADOR

1º - Apoio do BNDES no financiamento a custos viáveis para os setores Têxteis e Vestuário, permitindo as empresas adquirir novos equipamentos, maquinários e produtos para fazerem frente às concorrências desleal dos produtos de importação.

2º - Levar ao conhecimento do Governo Federal a nossa importância para o desenvolvimento do País já que, os setores Têxteis e vestuários empregam juntas, somam quase que 1,8 milhões de trabalhadores no Brasil;

3º - Criar uma Comissão conjunta para elaboração de documentos que dê respaldo junto aos Deputados e Senadores representantes do Estado do Rio de Janeiro e os da base governistas;

4º - Que seja criada uma frente organizada para que busque linhas de créditos junto ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, no sentido de que as empresas possam custear a folha de pagamento de seus empregados a juros de pelo menos 1% (um por cento) ao mês, mediante desconto de duplicatas;

Ailton José de Souza

Presidente do Sintivest

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Três Rios/RJ